SHAMPOO... O QUE É ISSO?

O shampoo nada mais é do que um detergente. Detergentes são substâncias surfactantes que, em sua molécula, possuem duas estruturas: uma polar (ou hidrofílica), que tem afinidade com a água, e outra apolar (ou hidrofóbica), com afinidade a gordura.

Logo, duas substâncias que não se misturam, como a água e o óleo, conseguem ser agregadas por conta da força das moléculas presentes no detergente, levando com elas a oleosidade e sujeira.

É claro que o detergente que usamos na cozinha não é o mesmo que usamos no banho e vice-versa, embora a função dos dois seja a mesma.

A diferença é que o shampoo possui uma concentração menor de surfactantes, além de ter em sua composição outras substâncias que acabam amenizando os efeitos excessivos do uso contínuo, como o ressecamento dos fios e do couro cabeludo.

Pensando em um shampoo comum e mais puro (sem adição de óleos ou outros agentes), esse ressecamento, ou aquela sensação de fio grosso ou da ponta dos dedos rangendo nos fios depois do enxague, ocorre por causa dos sais presentes, responsáveis por fazer a espuma e agirem como surfactantes (tirando a oleosidade e a sujeira). O potencial hidrogeniônico (pH) do shampoo comum é levemente ácido (entre 5.0 e 6.0), o que não altera muito a abertura das cutículas tanto quanto um pH mais alcalino (acima de 7.0), aquele presente nos de limpeza profunda porque a função do shampoo diário é apenas limpeza superficial.

Logo, a função do shampoo é retirar dos fios a sujeira e oleosidade, mas sem levar junto seus lípidios e nutrientes naturais aderidos às cuticulas.

Soma-se a isso a afinidade do cabelo com a água, aumentada com o uso do shampoo. Por isso os fios ficam mais grudados e difíceis de pentear após o enxague.

Muito se ouve dizer sobre "shampoo de fórmula balanceada". Mas, afinal, o que é uma fórmula balanceada? Apenas a composição é indicada no rótulo, e não a sua fórmula. Não dá pra saber quanto tem de cada componente.

É possível observar durante o enxague que uma fórmula não é balanceada quando há aquela sensação de cabelo mal lavado, ou a sensação de cabelo extremamente limpo e embaraçado. No primeiro caso, há excesso de emolientes e carência no surfactante, e no segundo caso, o contrário.

Portanto, seguindo a lógica, um shampoo não balanceado, com excesso de surfactantes na composição, tende a fazer uma limpeza excessiva, deixando-o seco, sem brilho e enrijecido. Já em um shampoo com carência de surfactante irá deixar o cabelo pesado, opaco e com resíduo excessivo de oleosidade.

O bom shampoo é aquele em que não há o excesso de nenhum dos dois casos e o pH seja neutro (entre 6.0 e 7.0). Mas somos usuários comuns, e não há como sabermos disso. Portanto, durante o enxague, deve-se sentir na ponta dos dedos que os cabelos estão limpos, ao mesmo tempo que a aderência dos fios com a água não seja muito grande.

Só depois de uma boa higienização nos fios que o condicionador deve ser usado. E acreditem, o condicionador é obrigatório para um cabelo saudável.

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